sexta-feira, 22 de maio de 2009

MEMORIAL JUDICIÁRIO DO RN

O Memorial do Judiciário do RIO GRANDE DO NORTE foi inaugurado no dia 7 de janeiro de 2009 - quarta-feira. O espaço vai conter os principais documentos e fotografias históricas do Poder Judiciário do RN, foi construído com arquitetura em arte nouveau, sendo reformado na antiga residência da rua Padre João Manoel, no Centro da cidade, atrás do Tribunal de Justiça. A residência foi construída em 1911 e a reforma preservou a antiga arquitetura. Além de manter toda a arquitetura original do prédio, a estrtutura foi adaptada às normas técnicas de acessibilidade.

O memorial passa a contar, no piso térreo, com três salas para exposições do material histórico do Judiciário Potiguar e duas salas administrativas. No piso superior são oito salas e uma galeria dos Presidentes, com suas respectivas biografias.

Todo o acervo histórico de fotos, documentos, bibliografias, utensílios e indumentarias estão sendo catalogados. Uma das peças raras é a toga da desembargadora Eliane Amorim, primeira mulher a fazer parte da mais alta corte de Justiça do Estado. O memorial vai expor também a ata da eleição do desembargador Ferreira Chaves, primeiro governador do Rio Grande do Norte que chegou ao poder pelo voto popular, entre outros documentos históricos, a exemplo, do processo contra Lampião e seu bando que foi aberto na cidade de Pau dos Ferros, no início do século XX.

As obras de reforma do Memorial iniciou no dia 18 de agosto de 2008. MEMORIAL

FABIÃO HERMENEGILDO FERREIRA DA ROCHA

Fabião "de Barcelona"

A história de um dos maiores poetas potiguares que viveu e está sepultado em Barcelona

por Adriano Costa


Fabião Hermenegildo Ferreira da Rocha, popularmente conhecido por Fabião das Queimadas nasceu em 1848, na fazenda Queimadas município de Santa Cruz. Depois a fazenda pertenceu aos atuais territórios dos municípios de São Tomé e Barcelona. Com a criação do município de Lagoa de Velhos em 1962, a fazenda passou a pertenceu ao território do novo município. Mas posteriormente, Fabião veio a residir sucessivamente nos municípios de São Tomé, Sítio Novo e finalmente em Barcelona.

Fabião das Queimadas posa para seu único registro fotográfico


O folclorista Câmara Cascudo, no seu livro "Vaqueiros e Cantadores", descreve-lhe o tipo físico do poeta. Ele era um negro baixo, entroncado, robusto, de larga cara "apratada" e risonha, nariz de congolês. Tinha os olhos tristes de escravo, conservava a dentadura intacta e um bom - humor perene.

Nascido escravo, o notável poeta pertenceu ao major José Ferreira da Rocha, nas Queimadas das férteis terras de Lagoa de Velhos. Fabião, começou a vida como agricultor e vaqueiro. Há uma grande suspeita de que o poeta é filho de José Ferreira com uma escrava. Porém, foi encontrado pelo pesquisador Hugo Tavares Dutra na Arquidiocese de Natal, a certidão de casamento de Fabião datada de 17 de novembro de 1881, na qual consta que este era filho de um escravo chamado Vicente. Mesmo assim, a possibilidade do poeta ser filho de José Ferreira não está descartada.

Com dez anos o poeta já cantava. Aos dezoito anos de idade, o poeta não se conteve e com algumas economias que fez no trabalho da agricultura, juntando dinheiro vendendo couro de animais, mel, legumes e frutas que plantava conseguiu comprou uma rabeca, pois essa rabeca passava a ser um instrumento não musical, mas com ela saiu cantando e tocando suas toadas e seus repentes pelas vaquejadas, pelas casas e povoados simples de sua região. Note o amor com que o poeta dedica esta redondilha ao seu instrumento:

"Essa minha rabequinha
É meus pés e minhas mãos
É meu roçado me mio
Minha pranta de feijão
Minha criação de gado
Minha safra de algodão."

Com esse propósito o poeta conseguiu ganhar dinheiro o suficiente para comprar a sua própria liberdade por 800$000 (oitocentos mil réis) e posteriormente a de sua mãe Antônia por 100$000, Antônia e de uma sobrinha, Joaquina Ferreira da Silva por 400$000, conhecida como "Sinhaninha" com a qual o poeta casou e tiveram quinze filhos.

"Quando forrei minha mãe
A lua saiu mais cedo
Pra clarear o caminho
De quem deixava o degredo"

Ao dizer "forrei" o poeta faz uma referência à compra da carta de alforria de sua mãe com o dinheiro que ganhava tocando rabeca.

Para se ter uma idéia da facilidade com que o poeta versificava de improviso sabe-se que num dia de chuva em Barcelona o poeta fazia compras no armazém de Oscar Marinho de Carvalho. Como as embalagens eram de papel, ele resolveu esperar a chuva passar. O comerciante então lhe fez um desafio prontamente aceito pelo poeta - Fabião, diga-me uns versos que terminem com "adeus minhas encomendas que você pode levar sua feira de graça. Fabião tirou o seu chapelão e olhando para a chuva que caia lá fora recitou algo que até a criação da PORTAL VIRTUAL BARCELONA permanecia inédito:

"Numa chuva com relâmpago,
Não há trovão que não gema
Nosso patrão tá dizendo:
Adeus minhas encomendas".

Considerado o primeiro rabequeiro de que se tem notícia no Rio Grande do Norte, Fabião era figura conhecida no interior do Estado, Fabião das Queimadas não era cantador de feiras. Cantava na casa dos amigos e dos ricos, com ou sem remuneração alguma. Tinha verdadeira paixão pelas vaquejadas. Era uma espécie de repórter. Gostava de acompanhar os vaqueiros na captura de um barbatão e assistia a uma vaquejada observando atentamente todos os lances para melhor se inspirar nos seus bonitos versos. Sabia contar todos os acidentes ocorridos e, como era bom poeta ee cantador, encarnava-se no cavalo ou na rês. Além dos chamados romances da literatura de cordel, também gostava de fazer trovas de improviso. Usava habitualmente um inseparável chapéu de couro, símbolo do vaqueiro nordestino.

Fabião tinha uma verdadeira admiração pelo famoso cavalo Castanho da fazenda Divisão, encravada no município de São Paulo do Potengi. Contam que, ao saber da morte do "Castanho da Divisão", encarnou-se no animal e disse de improviso a seguinte trova:

"Gostei de correr o gado
Quando eu tinha boa esteira.
Novilha, boi, vaca e touro
Pra mim não tinham carreira".

Conta Sátiro Adelino Dantas que,nos idos de 1920, o poeta do Potengi resolveu fazer uma visita ao coronel José Bezerra de Araújo Galvão, o todo-poderoso coronel Zé Bezerra da Aba da Serra. 0 coronel não se encontrava em Currais Novos. Estava invernando na famosa fazenda Aba da Serra. Fabião não perdeu tempo. Viajou imediatamente até o solar do velho patriarca do Seridó. Lá chegando, foi recebido fidalgamente pelo coronel e seus familiares. Conversa vai, conversa vem, lá pras tantas um amigo do coronel solicitou ao poeta fazer um elogio em versos ao coronel José Bezerra. Fabião, então, improvisou a seguinte sextilha:

"Aqui na Aba da Serra
Não é pra ninguém subir.
Só se fôr de Currais Novos,
Ou então do Acari,
Ou Fabião das Queimadas,
Poeta do Potengi."

Câmara Cascudo convidou o poeta para fazer um passeio. Através do folclorista, o poeta conheceu muita gente importante da capital e no interior. Pessoas como o governador Ferreira Chaves e Eloi de Souza. Este último, grande admirador da inteligência e dos versos inspirados do poeta popular. Eloy providenciou que fosse tirada uma foto do poeta, que hoje é sua única foto conhecida. O poeta dos vaqueiros foi estudado por Ariano Suassuna e Orígenes Lessa, além de ter sido musicado por Antônio Nóbrega.

Em 1910, Alberto Maranhão (1872 - 1944) era governador do Rio Grande do Norte e estava invernando na sua fazenda Cachoeira, localizada no atual município de São Paulo do Potengi. 0 governador era um homem enamorado da poesia. O poeta chegou a cantar até no Palácio do Governo. Fabião era quase vizinho do Alberto Maranhão, pois sua pequena propriedade Riacho Fundo ficava a poucos quilômetros da fazenda Cachoeira.

Certo dia, Fabião das Queimadas apareceu para fazer uma visita a Alberto Maranhão. 0 anfitrião solicitou a Fabião que cantasse alguns romances sertanejos. 0 poeta atendeu de imediato a solicitação do governador. Acompanhando-se da sua famosa rabeca, cantou alguns romances. Depois, passou a declamar quadrinhas.

Outra vez, também na residência oficial do Governador, saudou com esta quadra o Senador Elói de Sousa, um dos grandes vultos da política de então, o qual não se envergonhava do sangue negro que lhe corria nas veias:

"Seu doutô Elói de Sousa,
Minha mãe sempre dizia,
Se o senhô não fosse rico,
Era da nossa famia."

Fabião tinha muita estima por seus filhos. Filipe Ferreira da Silva, ou Filipe Fabião, e Fabião Filho, ou Fabião Novo. O primeiro dedicou-se desde muito moço ao trato com a terra. O segundo era o caçula da família. Fabião Filho era um menino vivo, inteligente e despontava alguma vocação poética O velho Fabião tinha esperança de que o seu caçula fosse um dia o seu substituto na arte da poesia. Tanto que uma vez fez a seguinte trova:

"Eu sou o Fabião véio,
Divertimento do povo;
Morrendo Fabião véio,
Vai ficá Fabião novo."

Para decepção do velho poeta. Fabião Filho começou a apresentar sintomas de loucura, doença que progredia cada vez mais. Doente e acabado, esperando a visita da morte a qualquer momento, Fabião das Queimadas fez o seu último verso em sextilha, cujo teor é o seguinte:

"Quando ouvirem falá
Que Fabião véio morreu,
Todos pode acreditá
Que a semente se perdeu:
De muitos fio que tive
Nenhum saiu que nem eu".

Encontro entre Fabião das Queimadas e Castro Alves alguma relação. Fabião nasceu escravo em 1848 e foi o poeta dos vaqueiros. Castro Alves, nascido em 1847, foi o poeta dos escravos. A instrução e os anos de vida é que foram muito diferentes entre os dois. Fabião, quase analfabeto, morreu com 80 anos. Castro Alves, estudante de Faculdade, tinha apenas 24 anos ao falecer.

Fabião das Queimadas morreu aos 80 anos de idade, em 1928, na sua pequena propriedade chamada Riacho Fundo em Barcelona vitimado pelo tétano quando se feriu num espinho de macambira quando viajava montado em um burro. O poeta está enterrado no cemitério local de Barcelona. Fabião Filho continuou a definhar e, pouco tempo depois, também morreu. Tinha 26 anos de idade.

Fabião das Queimadas deixou inúmeros romances sobre bois e cavalos de sua região, como A Vaca Malhada e o Boi Mão de Pau, dentre outros que ele cantava e sempre acompanhado da sua inseparável rabeca.

Nas suas cantorias sempre repetia o seu "Redondo, Sinhá", que era uma espécie de coro. Em determinados versos, também servia de prefixo. Fabião era analfabeto, por isso gostava de ditar para alguém escrever versos ou quadrinhas de sua autoria. Calcula-se que tenha extraviado 90% de sua produção. É lamentável, mas infelizmente o folclore do Rio Grande do Norte muito perdeu da literatura de cordel do famoso poeta dos vaqueiros.

Fiel ao ditado que diz que santo de casa não obra milagre Fabião, um dos maiores poetas populares do Brasil, não tem nada em sua homenagem em Barcelona. Nenhuma rua, praça, biblioteca ou escola.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

B.P, VÁLTER DE BRITO GUERRA - APODI

BIBLIOTECA MUNICIPAL VÁLTER DE BRITO GUERRA
Mantém viva à memória de Valter de Brito Guerra, o maior e melhor patrimônio cultural de Apodi
Rua João Nogueira, s/nº - Apodi-RN
Foi fundada em 32 DE MARÇO DE 1941 pelo então prefeito de Apodi, o Padre Origens Monte, com a denominação de Machado de Assis, cuja denominação perdurou-se de 1941 até 2003, quando a Câmara Municipal aprovou unanimidade o Projeto de Lei do vereador Antonio de Souza Maia Júnior e o Prefeito José Pinheiro Bezerra aprovou o referido projeto o qual originou a Lei Nº dando nova denominação a Banda de Musica, passando a ser chamada de biblioteca pública municipal VÁLTER DE BRITO GUERRA.
Sediada na Rua Manuel Nogueira, s/nº - Centro, porém, antes já havia sido instalada no antigo prédio do IBGE, na Rua Nossa Senhora da Conceição, posteriormente funcionou por vários anos na Praça Francisco Pinto, prédio onde funcionou a Câmara Municipal, depois funcionou na Rua Raimundo Nonato. No Bairro Malvinas.
A biblioteca Valter Guerra funciona diariamente pela manhã, à tarde e à noite, atraindo cerca de 300 estudantes, pesquisadores e leitores de romances.
A biblioteca Municipal possui um acervo de mais de cinco mil livros de romances, literaturas, enciclopédias e livros de atualidade.
Em 1993 a biblioteca Valter Guerra estava quase fechando e o prefeito José Pinheiro Bezerra, em seu primeiro mandato (1993/1996) providenciou novas instalações com novos móveis para acomodar os livros.
Infelizmente não foi possível conseguir a relação de todos os coordenadores da Biblioteca Pública Municipal de Apodi, apenas conseguimos os nomes de alguns deles, assim vejamos:
1993 – JOSÉ NARCISIO GUERRA
1999 – Maria Alzeneide de Oliveira
Acreditamos que a Biblioteca bem estrutura e eficiente numa cidade é um significativo estimulo à motivo de honra e orgulho de um povo que ama o conhecimento, a sapiência.
Ciente disso, as Bibliotecas públicas do município de Apodi – VÁLTER DE BRITO GUERRA, como também da Academia Apodiense de Letras, locada na Casa de Cultura Popular de Apodi, decidem formar parceria no intuito, de juntas, trabalharem para alcançar objetivos em comuns como, o de melhorar seu acervo para pesquisas (obras, documentário, periódicos, fragmentos literários norte-rio-grandense, etc), melhoria no seu ambiente físico, tendo em vista o mínimo de conforto para seus freqüentadores e, principalmente, trabalhar definitivamente para a inclusão digital e acesso a Internet, proporcionando aos seus usuários e funcionários uma autualização constantes das novas metodologias de pesquisas e acesso direto em tempo real das informações e conhecimentos na atualidade
Entendemos que a participação da sociedade civil organizada, órgãos públicos e outros agentes poderão participar diretamente nestes movimentos de apoio a educação, cultura e, principalmente no fortalecimento das nossas bibliotecas públicas com o propósito de ampliar a dimensão da responsabilidade social de empresas e dos voluntários amigos da biblioteca e amantes do livro. E, por fim, valorizar e destacar a instituição BIBLIOTECA PÚBLICA, como um dos principais símbolos do patrimônio histórico-cultural humano, incentivadora do exercício intelectual e da cidadania, de um povo forte e de todas as forças vivas da sociedade.
É uma vergonha para o Apodi, uma cidade com quase 40 mil habitantes, infelizmente, ainda não possui uma Biblioteca Municipal à altura de seu povo, que nem sequer tem uma sede própria, vive de rua em rua, como já falei anteriormente. De 1982 até hoje a biblioteca já esteve em cinco endereços e nem sequer possui um computador e seu acervo é limitadíssimo, de apenas cinco mil livros, porém, bons livros, são muitos poucos, daí se faz necessário que a população faça doação de livros a instituição, já que o Poder Executivo, nem o Legislativo, não fazem sua parte, tendo em vista o grande número de visitas diárias e a biblioteca está com a quantidade de livros muito pequena para atender a demanda e quem estiver com livro em casa que não esteja sendo utilizado deveria doar para fortalecer o acervo da biblioteca

BIBLIOTECA PM DE CARAÚBAS

BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL “DESEMBARGADOR LUIZ MANOEL FERNANDES

A Biblioteca Pública Municipal Desembargador Luiz Manoel Fernandes, ora instalada a Rua Getúlio Vargas, nº 30, centro de Caraúbas; fundada em 7 de setembro de 1942, conta hoje com um diversificado acervo de livros, dispostos a consultas, pesquisas e, na sua quase totalidade, a empréstimo aos associados. Funcionando de segundas a sexta, das 7 às 12 horas e as 13 às 17:30 horas. Dispões pessoal capacitado para orientar, informar, dar apoio e assistência aos usuários na escolha de boas leituras e na identificação de material de Pesquisas estudantis e de atividades didáticas, culturais, etc.
É interesse dessa biblioteca:
# Formar cada vez mais leitores em todas as faixas etárias sociais.
# Compor parcerias com os professores a fim de incluir-se em seus currículos.
# Oferecer ao público um ambiente próprio ao recolhimento, ao estudo e ao lazer intelectual.
Disponibilizar (espaços para exposições de trabalhos didáticos ou culturais literários; plásticos).
Colaborar de bom grado com os promotores de cultura.
# Receber, penhoradamente, doações de livros, jornais, revistas, apostilhas e o mais que venha aumentar e enriquecer-lhe o acervo.
# Informatizar-se.
Acatar sugestões para (e críticas quanto) seu desempenho, para auto-avaliação e buscas de aperfeiçoamento.
ASSOCIE-SE JÁ!!! LEIA MAIS!!!
Patrono
Natural de Caraúbas, nascido a 28 de fevereiro de 1856. Faleceu em Natal a 21 de setembro de 1935. Magistrado, historiador. “Ao lado de Vicente de Lemos e Tavares de Lira, formou o trio precursor da historiografia potiguar”
Em seu livro Estudos Norte-Riograndenses, Manoel Onofre Júnior, diz: “Alguns dos historiadores potiguares não escreveram livros, nem se preocuparam em juntar num volume a sua obra esparsa em

segunda-feira, 4 de maio de 2009

BIBLIOTECA NEY PONTES - MOSSORÓ

A Biblioteca Pública Municipal de Mossoró foi oficialmente criada no dia 05 de abril de 1948, como cumprimento de promessa de campanha. A idéia foi do seu irmão Vingt-un Rosado. Mas Dix-sept era bastante sensível para entender as necessidades do município. É o próprio Vingt-un quem confessa: “Convenci Dix-sept a prometer a criação de uma Biblioteca Pública Municipal, que seria oficializada através do Decreto Executivo n.º 04, apenas cinco dias depois da sua posse na Prefeitura”.

Para que o projeto fosse concretizado, Dix-sept nomeou uma comissão organizadora, formada por: João Damasceno da Silva Oliveira, José Romualdo de Souza, José Ferreira da Silva, Rafael Bruno de Medeiros e Vingt-un Rosado Maia, todos cidadãos comprometidos com a cultura mossoroense.

Os ofícios de comunicação da criação da Biblioteca e o pedido de registro no Instituto Nacional do Livro foram redigidos por João Damasceno. O espaço físico foi conseguido pela Prefeitura no pavilhão térreo do Clube Ipiranga. Em depoimento, Vingt-un fala das dificuldades iniciais para que o sonho se tornasse realidade: “ Nenhum de nós, eu, Ferreira, América Rosado, tinha curso de biblioteconomia. Lemos alguns livros especializados e começamos a tarefa. Dix-sept visitava o trabalho quase diariamente. Mandou fazer as estantes e o mobiliário necessário”.

Para a formação do acervo da Biblioteca, contou-se com a colaboração dos mossoroenses. O padre Mota, ex-prefeito e vigário de Mossoró, fez doação de 300 volumes de sua biblioteca particular. Augusto da Escóssia na época era o presidente do Ipiranga. Por solicitação da comissão, permitiu que a Biblioteca Hemetério Queiroz fosse incorporada à Biblioteca Pública. De Natal, Dix-huit Rosado mandou várias caixas de livros arrecadados entre os amigos, de forma que na sua inauguração, a Biblioteca já contava com um acervo de 1.888 obras em 2.131 volumes. Visando criar nos jovens o hábito da leitura, o prefeito Dix-sept Rosado inseriu na Biblioteca uma seção de estados infantis. A idéia era inédita, pelo menos no Rio Grande do Norte. E isso era só o começo. Com a Biblioteca, veio o Museu, veio o Boletim Bibliográfico e a Coleção Mossoroense, tudo como desdobramento da idéia inicial da Bibiioteca.

Dix-sept não concluiu seu mandato como prefeito de Mossoró. Foi eleito governador do Estado a 6 de junho de 1950, quando já se encontrava licenciado, assumindo o governo em 31 de janeiro de 1951. E como Governador do Estado do Rio Grande do Norte, não teve tempo de fazer mais pela cultura mossoroense. Morreu num desastre aviatório no dia 12 de junho de 1951, nas proximidades do campo de pouso de Aracaju, em Sergipe, cinco meses após a sua posse. Não quis o destino que ele permanecesse mais tempo entre nós. Deixou no entanto, como legado, a semente de um movimento cultural que permanece até os dias atuais, tendo na pessoa do professor Vingt-un Rosado, seu irmão casula, um eterno guardião, comandante-em-chefe do que se passou a chamar de “Batalha da Cultura”.

PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS

PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS
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